segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

É já na 4ª 13 que estreia A VILA a partir de Húmus de Raúl Brandão. Até sábado 16 no Teatro da Politécnica. E daqui a um mesito estreamos O GRANDE DIA DA BATALHA variações sobre o Albergue Nocturno de Máximo Gorki. A partir de 18 de Janeiro no TNDMII.


A VILA a partir de Húmus de Raúl Brandão Criação e Interpretação Eduardo Breda e Maria Leite Desenho de Luz Jorge Rosado Artwork Lulu Wolf Fotografia Arlindo Costa Direcção Eduardo Breda Apoio Fundação GDA, Projecto Ruínas, Primeiros Sintomas, Largo Residências

No Teatro da Politécnica de 13 a 16 de Dezembro
4ª às 19h00 | 5ª e 6ª às 21h00 | Sáb. às 16h00 e às 21h00

“O drama não tem personagens nem gestos, nem regras, nem leis. Não tem acção. Passa-se no silêncio, despercebido.”
Húmus, Raúl Brandão


A Vila é frágil, aqui não se aplicam leis, nem de espaço nem de tempo. Descrevê-la implica assumir um compromisso entre informações que se contradizem. Os habitantes da Vila não têm cara, estão em permanente mutação, tal como a sua paisagem. Chegamos juntos à Vila e tentamos cartografá-la. Seria um risco demasiado grande estar sozinho neste lugar.



O GRANDE DIA DA BATALHA variações sobre o ALBERGUE NOCTURNO de Máximo Gorki

Com Vânia Rodrigues, Paula Mora, Rúben Gomes, Hugo Tourita, Figueira Cid, André Loubet, Gonçalo Carvalho, José Neves, Simon Frankel, Ricardo AibéoInês PereiraJoão Pedro MamedePedro BaptistaTiago Matias, Gonçalo EgitoJoão Estima, Diana Narciso, Rita Delgado, Miguel Galamba e Sara Inês Gigante Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Som André Pires Apoio Musical Rui Rebelo Luz Pedro Domingos Assistência de Encenação Nuno Gonçalo Rodrigues Isabel Muñoz Cardoso Encenação Jorge Silva Melo Uma produção Artistas Unidos Coprodução TNDMII

No Teatro Nacional D. Maria II de 18 de Janeiro a 25 de Fevereiro
4ª às 19h00 | 5ª a Sáb. às 21h | Dom. às 16h

São  "os tristes, os vis, os oprimidos", escreveu Gomes Leal quando ouvia "os passos da Canalha" anunciando "O grande dia da Batalha".  E que foi feito deles, abandonados pela industrialização, abandonados pela pós-industrialização, morrendo de drogas como outrora de tuberculose? Usámo-los para comprar a boa consciência dos nossos salões burgueeses? E agora espantamo-nos ao vê-lo engrossar, como na Alemanha de 1933, as milícias de miseráveis que querem "restaurar a ordem", voltar atrás? "Pois foi, diz JSM, enxertei a minha perplexidade neste texto maior de Gorki, o que em 1901, assim abriu as cenas ao mundo colectivo, o que inventou o plano geral no teatro, o que fez soprar sobre os miseráveis um vento cálido de Primavera."

Luca Todos somos precisos para se fazer um mundo.
Jorge Silva Melo, O Grande Dia da Batalha

Fotografia © Jorge Gonçalves


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