segunda-feira, 11 de setembro de 2017

E a biheteira já abriu. Pois é na 4ª, 13 de Setembro, que reabrimos o Teatro da Politécnica. Sim, estreamos A VERTIGEM DOS ANIMAIS ANTES DO ABATE de Dimítris Dimitriádis. E o Xana inaugura uma exposição, LABIRINTO x001. Mas sabem que em Évora passa o nosso filme sobre a SOFIA AREAL no Museu Frei Manuel do Cenáculo



A VERTIGEM DOS ANIMAIS ANTES DO ABATE de Dimítris Dimitriádis Tradução José António Costa Ideias Com João Meireles, Inês Pereira, Américo Silva, Vânia Rodrigues, André LoubetPedro BaptistaPedro Carraca, João Pedro Mamede e Nuno Gonçalo Rodrigues Cenografia e Figurinos Rita Lopes AlvesLuz Pedro Domingos Assistência de Encenação Nuno Gonçalo Rodrigues Isabel Muñoz Cardoso Encenação Jorge Silva Melo M16
 
No Teatro da Politécnica de 13 de Setembro a 28 de Outubro
3ª e 4ª às 19h00 | 5ª e 6ª às 21h00 | Sáb. às 16h00 e às 21h00

Milítsa Já te disse – não somos boas para nada – sempre inquietas, sempre vazias – suplicamos, queixamo-nos – não somos feitas para nada, só para o mal – fomos nós que destruímos o Paraíso.
Dimítris Dimitriádis, A Vertigem dos Animais Antes do Abate

Tudo cai, tudo está a ruir, a morte anda por aí neste texto seminal de um grande poeta de Salónica, récia. Riso, gritos, paixões, lágrimas, abraços, esperma. “O nosso dever”, diz Dimitriádis, "é voltar a fazer entrar personagens nos palcos que Beckett esvaziou para sempre”. Pois, paradoxal, vertiginoso.

Fotografia © Jorge Gonçalves 


No Teatro da Politécnica de 13 de Setembro a 28 de Outubro3ª a 6ª das 17h00 | Sáb. das 15h00 até ao final do espectáculo

LABIRINTO  X001, paisagem artificial num diagrama habitável, com acções e talvez línguas até que o lugar fique estranho ou como diria Fernando Pessoa: tentaremos a metafisica dos chocolates.
Passeamos em todos sonhos do mundo como numa confeitaria.
Xana, Primavera 2017



SOFIA AREAL: um gabinete anti-dor de Jorge Silva Melo Imagem José Luís Carvalhosa Assistente de Imagem Paulo Menezes Som Armanda Carvalho Montagem Vítor Alves e Miguel Aguiar Realização Jorge Silva Melo Uma Produção Artistas Unidos/RTP (2016)

Em Évora, no Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo, 14 de Setembro às 22h00
 
Sofia Areal, pintora, é um caso singularíssimo nas artes portuguesas. A sua pintura é expansiva, aberta, solar, vital, afirmativa (chamou mesmo “Sim!” à sua primeira antológica), ela não recua perante noções como “o belo” ou “a alegria”. “É uma promessa de felicidade?”, perguntei-lhe num dia de filmagens. “Ou é mesmo a felicidade.”, respondeu.

Com SOFIA AREAL: um gabinete anti-dor que concluímos em 2016 filmámos a artista em várias ocasiões a partir de 2011, ao sabor de vários encontros e dos trabalhos que iamos fazendo. Não se trata de um documentário retrospectivo, mas sim um filme que está ao seu lado, a seguir o seu fazer, as suas dúvidas, certezas, conquistas. Aquilo que me interessou foi ver a Sofia Areal pensar pintando, pintar pensando. Pois nela, “o que em mim pensa está pintando”, é o seu oficio, o dessa mão que todos os dias faz a alegria.

E a Sofia Areal continua a pintar. E eu preciso tanto da sua pintura afirmativa. Que, como ela diz, “é uma questão de sobrevivência.”


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