segunda-feira, 11 de março de 2013

E na 4ª, 13, no Teatro da Politécnica estreamos POR TUDO E POR NADA de Nathalie Sarraute. E inauguramos uma exposição muito especial de um amigo especial SÉRGIO POMBO.

POR TUDO E POR NADA de Nathalie Sarraute

Tradução
Jorge Silva Melo e Pedro Tamen Com João Meireles, Pedro Carraca, Andreia Bento e António Filipe Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves com uma gravura de Jorge Martins Fotografias Jorge Gonçalves Luz Pedro Domingos Encenação Jorge Silva Melo M12

No Teatro da Politécnica de 13 de Março a 27 de Abril 
3ª e 4ª às 19h00 | 5ª e 6ª às 21h00 | sáb às 16h00 e às 21h00
Reservas | 961960281 | 213916750 (dias úteis 10h às 18h)
As reservas devem ser levantadas até 1 hora antes do início do espectáculo

H1 Ouve lá... Queria fazer-te uma pergunta... Foi um bocado por isso que vim... Eu queria saber... Que é que aconteceu? Que é que tu tens contra mim?
H2 Eu? Nada... Porquê?
H1 “A vida está ali... simples e tranquila”... “A vida está ali simples e tranquila”. É Verlaine, não é?
H2 É. É Verlaine. Mas porquê? 
H1 Verlaine. Isso mesmo.
Nathalie Sarraute, Por Tudo e Por Nada

Nas minhas peças não há acção, foi substituída pelo fluxo e refluxo das palavras.

Sarraute é uma romancista única, impenetrável. O seu teatro, insinuante e irónico, prolonga o gesto romanesco e amplia-o. Uma das escritas mais pertinentes do século XX, vinda da Rússia que já sabemos ter sido de Tcheckhov. Mas a pequena música de Sarraute é uma música fúnebre: alguém está a morrer.

No Teatro da Politécnica de 13 Março a 27 Abril
3ªf a 6ªf das 17h00 até ao final do espectáculo | Sáb. das 15h00 até ao final do espectáculo

A pintura de Sérgio Pombo - pintura, desenho, com figuras ou sem, a pintura que nele tudo é pintura, irredutivelmente pintura, mesmo quando é escultura - é tão brilhantemente viva que ofusca, é tão desassombrada que nos assalta o equilíbrio, sofre, o dia em que nasci morra e pereça, dizia Job, amaldiçoa-nos - mas promete-nos o humano, o humano presente, o humano simplesmente, a vida de hoje, esta, sufocantemente bela na sua crueza rápida, na sua imensa solidão.

Jorge Silva Melo

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